sábado, 16 de setembro de 2017

Capítulo 35 - Depois Da Morte

Depois da morte de Jan Huss, foi a vez de Jerônimo de Praga, seu discípulo, enfrentar destino idêntico. Seguiu defendendo os princípios de Huss, e cerca de um ano mais tarde foi igualmente queimado na fogueira, condenado como herético. Estava fincado na história um dos importantes marcos no combate ao poder abusivo da Igreja Romana, que a partir daquele momento e durante quase um século enfrentaria focos de "reformadores" em diversas regiões, os quais eram emudecidos pela violência da inquisição. As fogueiras crepitavam por toda parte, tirando a vida daqueles que ousavam reagir à maneira como a Igreja conduzia as questões espirituais. Mesmo assim, crescia gradativamente o número dos oponentes.

As lutas prosseguiam, e pouco a pouco aqueles que eram chamados de reformadores ganhavam força. Finalmente, em outubro de 1517, o monge agos-tiniano alemão Martinho Lutero publicou as suas '95 teses contra as indulgências"'e o movimento da reforma protestante espalhou-se por toda a Europa como um rastilho de pólvora. Daí em diante, quanto mais a Igreja Católica tentava conter e coibir as manifestações favoráveis à reforma e ao movimento protestante que surgia, mais ele se fortalecia. Em pouco tempo instaurou-se uma guerra sem precedentes no movimento cristão, entre católicos e protestantes, em praticamente todo o continente europeu. Muitos grupos protestantes nasceram em vários países, dando origem a novas seitas e denominações. 


Esses Cristãos - que se fragmentaram em muitas formas diferentes de crer e compreender - tinham como base de fé a Bíblia e negavam, em sua grande maioria, os dogmas católicos.

Mesmo sem admitir, a Igreja Católica Romana perdia o poder absoluto, e isso deixava descontrolados os seus altos níveis hierárquicos, especialmente o papa e seus principais assessores. 


Não aceitavam o movimento nascente e desejavam calar seus adeptos a qualquer custo.

Os interesses continuavam a determinar as decisões de reis e monarcas. Muitos que detestavam o poder da Igreja logo passaram a adotar o protestantismo como religião oficial, fazendo nele interferências que melhor o adequassem às suas necessidades pessoais.


Na verdadeira guerra que se deflagrou entre os cristãos católicos e protestantes, (mais tarde denominada contra reforma), os últimos passaram a ser incansavelmente perseguidos. Sob a pressão e os ataques que sofriam, muitos perdiam a vida, levando grandes grupos a deixarem a terra natal em busca de paz. Assim, muitas caravanas de quakers, sheikers, puritanos, dentre outros, deixavam a Europa e partiam para o continente recém-descoberto.


Começava a colonização material e espiritual da nação que se tornaria os Estados Unidos da América do Norte.


Nos bastidores daquela guerra entre os Cristãos estavam falanges de espíritos renitentes do mal, que insistiam em opor-se a Deus e a Jesus, comprometidos em impedir o progresso da Terra. 


Autênticos inimigos do bem, agiam de forma muito organizada, buscando sufocar todas as manifestações da verdade. Tinham os homens sob controle por meio dos líderes da Igreja Católica Romana, que, muitas vezes sem consciência, os serviam. Quando a reforma eclodiu, abalando temporariamente seu domínio, estimularam a perseguição e destruição dos reformadores, como forma de impedir-lhes o avanço.

Esses espíritos, tramando contra o avanço do bem e da luz, reuniram-se em conselho para avaliar o caminho a trilhar. Extremamente organizados e agindo de modo estratégico e inteligente, discutiam sobre como recuperar o terreno perdido. Entre eles estavam Núbio e seus assessores. O primeiro participava das decisões. Depois de ponderarem a situação e os riscos que ela envolvia para seus interesses de controle sobre a humanidade, um deles comentou:


- Algumas das idéias aqui cogitadas são válidas, mas creio que terão resultado passageiro. Acirrar a perseguição poderá trazer reação ainda maior dos protestantes. Precisamos encontrar outro jeito.


Várias foram as sugestões.


- Estudemos de perto os protestantes e suas fraquezas, que, por certo, todos têm - propôs Núbio. 


-O orgulho dos homens prossegue sendo nosso maior trunfo - outro sentenciou. 

-Podemos atá-los aos nossos interesses, desde que os façamos mover-se por ele. Núbio argumentou:

- Vamos usá-lo, então, a nosso favor.


- E como faremos isso? - questionou alguém.


Depois de curto silêncio, Núbio abriu largo sorriso e falou, irônico:


- Esses protestantes, no anseio de mudar o que vêem de errado na Igreja, apegam-se à Bíblia, não é mesmo?


A concordância foi geral.


- Pois vamos aprisioná-los à letra, afastando-os da essência à qual muitos se ligam com genuína devoção. Transformemo-los em escravos da letra morta da Bíblia, instaurando confusão em suas maneiras de compreendê-la. À medida que se agarrem ao limitado entendimento da Bíblia, em seu zelo pela verdade, poderemos criar entre eles a incompreensão, a desunião e seu conseqüente enfraquecimento. Irão se perder. O orgulho fará o resto, e logo se tornarão nossos servos outra vez.


Houve grande confusão no salão, pois muitos rejeitavam a proposta de Núbio. Queriam oposição declarada, mais violência. Ao se acalmarem, um dos líderes falou:


- A sugestão de Núbio merece atenção e estudo.


Acho que podemos estabelecer uma estratégia de enfraquecimento de seus valores e crenças, afastan-do-os, assim, do pernicioso Cristianismo. Isso é o que mais nos interessa. Vamos usar suas fraquezas contra eles, e dominá-los. Pensarão, todos eles, que estão com a verdade, e viverão pela parte da verdade que enxergam, por ela lutarão, matarão...

Por ela nos servirão.

Erguendo-se, a entidade dominadora caminhou até Núbio e disse, fitando-o:


- Muito bem, Núbio. Estudaremos sua idéia, e tiraremos dela o melhor proveito. Queremos ter os homens sob nosso controle. Prossiga e concretize os seus projetos em sua área de atuação. Assim que obtiver bons resultados, replicaremos entre os demais.


- Quero acompanhar aqueles que estão se deslocando para as Américas.


- Por quê? Sua região é aqui, entre os países anglo-saxões.


- Eu sei. No entanto, o novo continente oferece condições propícias à implantação de mais ampla forma de domínio. Além do mais, sei que muitos de nossos servidores reencarnaram em famílias que emigraram para lá. Grande número de nossos amigos romanos estão reencarnando naquela região. 


As facilidades econômicas que oferecem nos podem ser de grande utilidade para manipularmos suas fraquezas, acenando com o enriquecimento que todos desejam. E depois, quem sabe o que se poderá desdobrar desse processo? O outro resmungou, em resposta:

- A descoberta das Américas foi postergada o quanto pudemos. Nada que leva o homem a se transformar nos interessa. Mas não pudemos evitar.


- Então usemos essa transformação em nosso favor.


 Dê-me a autorização e transferirei meus domínios para aquela região. Muitos protestantes estão indo para lá, instalando-se e construindo uma estrutura de sociedade que precisa ser detida. Focam a educação no estudo da Bíblia e vêem o trabalho como forma de servir a Deus. O progresso será conseqüência certa dessa estrutura.

- E o que pensa fazer?


- Interferir para que esse progresso siga os rumos que nos convém, impedindo que alcance os aspectos espirituais e morais. No restante, quanto mais progredirem na direção que nos interessa, melhor.


- Comece a implantar seu plano aqui mesmo. Se obtiver resultado, poderá ir para as Américas, estender seu domínio sobre eles.


Mais algumas discussões e a grande assembléia se desfez.


Núbio iniciou imediatamente vigoroso ataque contra os protestantes, dominando-lhes a mente o quanto podia, deturpando, através do orgulho, sua dedicação sincera ao Evangelho, fazendo-os apegar-se cegamente às palavras da Bíblia, afastando da verdade todos os que conseguia, pela limitação de seus corações.

Alheia ao que sucedia na crosta da Terra, após muitos anos em penosa condição - acordando e adormecendo novamente, para outra vez despertar em angústia e sofrimento -, Verônica começou a passar mais tempo acordada. Geórgia, Thomas e ela residiam em pequena e bela residência, que em tudo lembrava as casas aconchegantes de Praga, conquanto sem os exageros de luxo e sofisticação. 


Verônica ocupava um dos quartos, que mais parecia uma enfermaria. Chegado o momento em que estava pronta para se levantar, Geórgia ajudou-a a sentar-se na cama e ela indagou:

- Quem é você, afinal? Por que cuida de mim com tanto carinho...?


Deixando-se envolver pela ternura da mãe, Verônica caiu em pranto convulsivo. Geórgia sentou-se ao seu lado e pediu:


- Procure controlar-se, filha. É importante para o seu restabelecimento.


Limpando as lágrimas que lhe desciam pela face, ela, por fim, conseguiu falar.


- Mãe! Como pude não reconhecer você? Perdoe-me por não ter conseguido escutar seus conselhos, nem fazer o que me ensinou...


Abraçando a jovem com ternura e aconchegando-a em seu colo, ela disse: 


- Minha filha, temos muito a aprender ainda. Você precisa ficar forte, para poder entender melhor tudo o que se passou.

Mais calma, a jovem olhou em volta e perguntou:
- Afinal, que lugar é este?


Aproveitando a boa disposição da filha, Geórgia convidou:


- Quer dar um passeio? Acho que já está forte o suficiente para sair dessa cama.


- Eu gostaria muito, mas e se Boris me encontrar? 


Vai prender-me de novo.

Sorrindo, Geórgia a tranqüilizou:


- Não se preocupe, ele não pode encontrá-la por ora.


- Você me escondeu...


Ela parou e, fitando a mãe, falou séria:


-O que está acontecendo? Você não pode estar aqui falando comigo... Você morreu...


Oferecendo o braço para que ela se erguesse, a mãe respondeu:


- Venha, apóie-se em mim. Vamos caminhar pelos lindos jardins deste parque. O ar puro lhe fará bem, e eu explicarei tudo.


Verônica obedeceu e, amparada pela mãe, colocou-se em pé pela primeira vez em muito tempo. Saíram e encontraram Thomas, que, atento ao que se passava, as aguardava na sala. A princípio a jovem não reconheceu o pai, para logo em seguida abrir largo sorriso e atirar-se em seus braços, soluçando:


- Pai! Como senti sua falta. Perdoe-me, por favor, pelo que fiz a você...


Afagando seus cabelos, o pai lamentou:


- Você só prejudicou a si mesma. Todavia, graças à misericórdia de Deus, terá possibilidade de prosseguir sua jornada, quando estiver mais fortalecida.


Ladeada pelos pais, a jovem saiu apoiada nos braços dos dois até alcançarem lindo jardim. 


Verônica examinou o lugar, curiosa:

- Onde estamos? A não ser por algumas casas que se assemelham às de Praga, em nada reconheço a nossa cidade.


Olhando a filha com carinho, Geórgia indagou:


- Você ainda não compreendeu?


- Não compreendo nada. Acho, sim, é que estou sonhando... 


Um lindo sonho, do qual logo vou despertar no mosteiro, na cela infecta em que me encontro, e continuar aquele sofrimento desesperador.

A mãe procurou esclarecer:


- Foi naquela cela infecta, filha, que você acabou por perder sua existência na Terra.


Fitando os grandes olhos da mãe, ela perguntou:
- Do que está falando? 


- Você deixou o corpo físico, Verônica, sua encarnação terminou. Habita esta colônia espiritual há mais de cem anos.

Diante da expressão perplexa da filha, prosseguiu:


- Já no mundo espiritual, permaneceu longo tempo inconsciente. Demoramos a conseguir recolhê-la.


Assustada, a jovem gritou:


- Não é verdade! Quem são vocês?


- Não percebe que sou sua mãe? Não sente o amor que nos une? Em extrema agitação, Verônica teve de sentar-se em um banco para respirar. Depois de alguns minutos, dirigiu-se aos dois:


- Não acredito. Isso só pode ser um pesadelo. Resoluta, Geórgia convidou:


- Pois bem, voltemos à nossa casa. Vamos levá-la por uma viagem no tempo.


- Acha que é o momento? 


- Thomas questionou.

- Ela não pode mais fugir. É tempo de enfrentar a realidade, para não perder novas oportunidades.


Voltaram para a acolhedora residência. 


Acomodaram Verônica na cama e posicionaram à sua frente uma tela onde imagens sucessivas se faziam visíveis. Cenas de sua última existência passavam diante dela, que logo se reconheceu e começou a relembrar. Ao ver Boris, pediu:

- Por favor, parem! Eu me lembro, agora me lembro. Parem... Já não suporto!


Abraçando a jovem, Geórgia disse:


- Chega de fugir, Verônica, você precisa acordar. 


Está perdendo tempo precioso. Deve voltar em breve à Terra. Mas para que isso lhe seja útil, precisa aproveitar o tempo de que ainda dispõe em nosso plano para se preparar.

Verônica tremia e ameaçou desmaiar. Geórgia e Thomas a sustentaram energeticamente. Thomas saiu para buscar auxílio. Um pequeno grupo de amigos veio dar sustentação à importante conversa dos três. Verônica continuava tremendo e confessou, entre lágrimas:


- Tenho medo.


- Sei que tem. Inconscientemente sabe de tudo o que houve e teme que a história se repita.


Depois daquele dia, longas conversas foram trazendo à memória de Verônica sua última experiência na Terra e ela, dolorosamente, teve de enfrentar seu fracasso. Lentamente, a mãe a conscientizava de sua situação e aconselha-va nova encarnação, para que pudesse começar a refazer seus caminhos. Aos poucos, toda a verdade foi sendo assimilada, inclusive sua existência e seus atos como Fausta. Foi então que ela, entristecida, recordou Constantino.


- Onde ele está agora? - Está na Terra, encarnado.


- E como está?


- Depois de permanecer por muito tempo desencarnado, sob o domínio das entidades espirituais inimigas do bem, às quais se entregou durante a valiosa experiência como imperador romano, sua situação espiritual se deteriorou. 


Atravessou séculos nessas condições, sendo por fim resgatado, e, devido ao estado de demência em que se encontrava, foi necessário reencarnar, assumin-do um corpo totalmente comprometido. Sua primeira possibilidade de reencarne foi fracassada.

Devido à grave situação espiritual em que se detinha, o corpo físico - carga genética cedida pelos pais - não suportou e a mãe sofreu um aborto. 

Assim foram diversas tentativas, até que a gestação chegou até o final e ele permaneceu encarnado por alguns anos. Outras encarnações em situação semelhante se sucederam e atualmente ele se encontra na Terra. Ainda é prisioneiro de um corpo malformado, com comprometimento da inteligência. A deturpação de sua força mental, e a utilização desta para o mal de que foi instrumento, agora se reflete em um corpo com cérebro doente.

Com um abafado grito de horror, Verônica colocou a cabeça entre as mãos e chorou amargurada.


Quando conseguiu se acalmar, ergueu o rosto e, entre lágrimas, disse à mãe:

- Gostaria de vê-lo...


- Filha, tudo a seu tempo. Acredite em mim, você não está preparada para encontrá-lo no estado atual; vê-lo assim poderia perturbá-la a tal ponto que dificultaria seu próprio restabelecimento. É preciso que você também se fortaleça e se prepare para uma futura reencarnação.


O olhar distante e entristecido de Verônica levou Geórgia a manter longo silêncio. Depois, tomando as mãos de filha, disse:


- Tenha paciência.


- Muito do que você me diz é mistério para mim. Como posso retornar ao corpo outras vezes? 


Por mais que tente compreender, tudo me parece 
complicado. E por que esquecer o que vivemos?

Por que não conseguimos lembrar para poder acertar?

- Nosso passado é por demais delituoso. As lembranças mais nos atrapalhariam do que ajudariam. Não obstante, trazemos de forma inconsciente aquilo que devemos realmente recordar.


Geórgia fez rápida pausa e prosseguiu:


- Temos um anjo da guarda ao nosso lado, para cuidar de nós e nos lembrar de tudo o que é essencial. Mas precisamos deixar que ele o faça. 


Precisamos confiar em Deus e ser submissos aos seus desígnios.

Verônica deu um profundo e triste suspiro e falou: 


- É... Eu não consegui, não escutei ninguém.

- Escutou aqueles que desejavam prejudicá-la, impedindo sua marcha evolutiva. Deixou seus defeitos a dominarem e não o inverso, como deveria ter feito.


- E agora? O que será de mim?


- Aproveite o tempo aqui na colônia... Dedique-se a aprender e a servir seus semelhantes, trabalhando, assim, seus defeitos. Fortaleça sua fé e volte à Terra com a firme disposição de sair vitoriosa da próxima experiência.


- E se não for capaz? Se não escutar outra vez o que todos já tentaram me dizer?


- Vamos providenciar uma encarnação na qual você será portadora de ostensiva mediunidade. Será impossível deixar de escutar a voz dos espíritos, aos quais terá a oportunidade inclusive de auxiliar, como forma de resgatar parte de seus pesados débitos com a lei divina. E será auxiliada de perto por Thomas, que voltará à Terra com você.
Fixando olhar triste na mãe, ela indagou:


- E você?


- Ficarei neste plano, amparando-os, enquanto estiver ao meu alcance.


Verônica abraçou a mãe demoradamente, e então perguntou:


- Quanto tempo ainda tenho aqui?


- Dispõe de tempo suficiente. Aproveite e se prepare o melhor que puder. Será importante que você e Thomas recebam Constantino como filho. Afinal, Também entre eles existe antiga ligação.


- Sim, Thomas foi o mais fiel amigo que Constantino teve. Lembro-me bem de seu rosto... 


Seu nome era... Marco?

- Isso. Agora, você precisa adquirir condições para acolher como filho aquele a quem é tão ligada, para amá-lo e ampará-lo, com renúncia e abnega-ção, aprimorando os seus próprios valores morais,


. Não será tarefa fácil, mas poderá contribuir muito para seu desenvolvimento espiritual.

- E ele, estará melhor do que hoje?


- Possivelmente um pouco melhor.


- Será que terei a capacidade de me dedicar a ele?


- Terá de vencer seu egoísmo, seu orgulho e aprender a amar. Thomas estará ao seu lado, colaborando para seu êxito.


Após longo tempo em silêncio, deixando-se envolver pela beleza e suavidade da natureza à sua volta, ela por fim disse:


- Vou tentar, mãe.


Incentivando a jovem, Geórgia afirmou:


- Você pode conseguir! Acredite! 


Alguns anos mais tarde, Verônica recebia novo corpo denso e retornava à Terra para outra tentativa de reparar erros e refazer seu caminho, harmonizando-se com a lei divina, para poder avançar rumo ao objetivo de evolução para o Criador.

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